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EXPORTAÇÃO CRESCE 6,8%, MAS SUPERÁVIT DESABA

17/01/2007

Saldo da balança de SC caiu 27% e ficou em US$ 2,49 bilhões, o menor desde 2002 e o primeiro recuo em oito anos.

A receita recorde de US$ 5,96 bilhões com as exportações não foi suficiente para manter o saldo da balança comercial de Santa Catarina em crescimento no ano passado. O superávit recuou para US$ 2,49 bilhões, o menor valor desde 2002. É a primeira vez desde 1998 que o saldo anual da balança comercial catarinense não aumenta.

As exportações tiveram incremento de 6,83% de janeiro a dezembro de 2006. Alguns itens tradicionais da pauta catarinense puxaram esse índice, notadamente as vendas de motores elétricos, que cresceram 31%, autopeças (31%) e motocompressores (12,7%). Outros perderam mercado em função da política cambial, como é o caso do setor moveleiro, que enfrentou redução de 16,8% nas vendas externas.

A indústria de alimentos, a líder em exportações de Santa Catarina, teve reveses provocados por problemas sanitários fora das fronteiras do Estado. O temor global pela gripe aviária reduziu o consumo mundial de frango, fazendo com que as exportações do principal produto da pauta catarinense recuassem 15% no ano.

Na carne suína a queda foi ainda mais expressiva, provocada pelo anúncio de descoberta de focos de aftosa no Paraná. O embargo imposto pela maior nação compradora, a Rússia, provocou queda de 38,4% e crise na atividade.

Importações tiveram aumento de 58,6% duranto o ano

Outro destaque é o expressivo aumento das exportações de fumo: 117,3%, atingindo US$ 454,3 milhões, o que tornou o produto o segundo mais exportado. O crescimento deve-se à instalação, em SC, de empresas beneficiadoras de tabaco atraídas por incentivos fiscais.

Mas se as exportações enfrentaram percalços e cresceram abaixo da média nacional de 16,2%, com as importações ocorreu o inverso. Elas deram um salto de 58,6% no ano, alcançando US$ 3,47 bilhões, enquanto a média brasileira registrou crescimento de 24,1%.

Parte desse crescimento também pode ser creditado aos programas governamentais de incentivos fiscais, que levaram empresas de outros estados a importar pelos portos catarinenses.

Fonte: Diário Catarinense

17/01/2007

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