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Empresas calculam prejuízos com os feriados de abril

02/05/2017

Abril foi o mês dos feriados prolongados. A Sexta-feira da Paixão (14) e o feriado de Tiradentes (21), que também caiu em uma sexta-feira, foram ótimos para quem viajou, curtiu e aproveitou para descansar, mas péssimo para alguns setores da economia, como a indústria e o comércio. E para piorar, a última sexta-feira de abril (28) foi dia de greve geral em todo o país, ampliando para alguns o feriadão que foi até segunda-feira (1º).

 

O diretor de Comércio e Serviços da CDL São José, Roberto Carmes, afirma que abril é um mês que o comércio quer esquecer.Os feriados que caem na sexta-feira, como foi o caso de abril, são piores, pois os consumidores acabam viajando e, consequentemente, o movimento diminui nas lojas”, diz. Para ele, a greve é ainda pior que feriado. “Foi um dia muito ruim para os empresários. Sem transporte, as pessoas não tiveram como chegar até às lojas. Sem contar os gastos que tivemos para buscar os colaboradores em casa, arcando com gasolina e vans”, completa. A esperança, segundo Carmes, é que os prejuízos sejam recuperados com o Dia das Mães.

 

O vice-presidente de Relações Institucionais da AEMFLO e CDL São José, Nelson Silveira, explica como os feriados afetam a indústria. “Quando uma máquina para, perde-se até quatro dias de produção. Na minha empresa (Cottonbaby), por exemplo, perdi R$ 50 mil por dia parado. Em uma empresa com 200 funcionários, o prejuízo pode chegar até R$ 100 mil por dia parado. E o prejuízo, infelizmente, temos que passar para o preço final dos produtos e quem acaba arcando com isso é o consumidor”, explica.

 

Mais feriados por aí

 

Até o final do ano, alguns setores da economia devem acumular mais prejuízos por conta dos feriados nacionais que estão por vir e cairão em dia de semana. São eles: Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), Finados (2 de novembro), Proclamação da República (15 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Além de Corpus Christi (15 de junho), decretado feriado municipal nas cidades da Grande Florianópolis.

 

Dados da Fecomércio-SC (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina) mostram que o comércio catarinense pode perder até R$ 1,18 bilhão em faturamento até o final do ano devido aos feriados. E a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) calcula um prejuízo de R$ 66,8 bilhões para a indústria brasileira em 2017.

 

Porém, os feriados prometem um ano de negócios promissores para outros setores. O Ministério do Turismo estima que os feriados devem injetar R$ 21 bilhões na economia. A expectativa é que mais de 10 milhões de viagens sejam realizadas. Para a Abav (Associação Brasileira das Agências de Viagem), a expectativa é que a demanda por pacotes de viagens cresça entre 8% e 14% em 2017. O feriado que deve gerar o maior impacto é o Dia de Nossa Senhora Aparecida, quando 1,94 milhão de viagens movimentarão R$ 3,9 bilhões na economia. Os bares e restaurantes também lucram. Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), na véspera e nos dias que caem os feriados, o fluxo aumenta até 40%.

 

 

Foto: Sindicato dos Comerciários de Fortaleza

02/05/2017

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