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“Boom” do e-commerce gera empregos em tempo de crise

28/01/2021

O e-commerce brasileiro mais que dobrou em 2020. De acordo com a Câmara Brasileira da Economia Digital e da empresa Neotrust, o crescimento foi de 122% no acumulado do ano até novembro, na comparação com o mesmo período de 2019, movimentando cerca de R$115,3 bilhões no período.

Esse boom do e-commerce beneficiou outros segmentos diretos e indiretos, gerando emprego e mitigando o impacto da crise como um todo, consideradas as demissões em massa realizadas. A agência de marketing digital Rocky, por exemplo, saiu de 36 funcionários, no início do ano, para pouco mais de 110 no final de 2020, um aumento de quase 300%. Esse crescimento exponencial se deve a grande procura de empresas por soluções digitais, entre elas Astra S/A Indústria e Comércio e a Cyrela Commercial Properties, Dengo, Telhanorte, Passarela e L’Occitane.

“O primeiro momento foi de choque e o faturamento despencou entre março e maio, mas, nós acreditávamos numa retomada. Tanto é que decidimos manter toda a nossa equipe, sem demitir ninguém, e no final do primeiro semestre de 2020, os números voltaram a crescer”, diz Daniela Gebara, sócia e Diretora Comercial da agência da Rocky.

“De maneira geral, entendo que a transformação digital que já se despontava no mercado, foi literalmente imposta pela crise. As empresas começaram a investir pesado nesse processo e nós pudemos voltar com força total graças à nossa operação que foi mais estruturada”, analisa Daniela.

É o caso da Telhanorte, loja de matérial de construção, que decidiu ampliar seus canais de comunicação dentro do e-commerce. “Nós crescemos mais de 200% em 2020 e isso acabou impulsionando também o crescimento de outras categorias como o e-commerce”, diz Pablo Oliveira Satyro, CMO da Telhanorte.

“Decidimos incluir ferramentas como o whatsapp e aprimorar toda a parte descritiva dos produtos no site, como fotos e textos para deixar o canal mais claro possível para o cliente”, pontua Pablo. “, acredito que a nossa estratégia principal foi entender que precisávamos ir aonde estava o cliente: no online. Até porque, o e-commerce é um setor que vai continuar expandindo em 2021″.

Para 2021, as perspectivas de empresas como a Rocky são de crescimento, dado a aceitação de varejistas aos online. “Clientes e lojas experimentaram o online e as objeções a esse modelo foram desconstruídas. O empresário viu que pode ter lucro e o consumidor percebeu a conveniência, então entendemos que é um ano de potencial expansão, puxada essencialmente pelo e-commerce e atacarejo”, arrisca Daniela, que prevê um crescimento de 200%  para esse ano.

Outra empresa que cresceu exponencialmente no período foi a operadora logística Flash Courier, que contratou 400 pessoas em 2020, um aumento de 60% em relação ao período pré-pandemia. Boa parte desse crescimento foi tracionada por novos contratos em e-commerces. “Empresas como Alpargatas, Arezzo, Reserva, C&A, foram algumas das empresas que fecharam contrato conosco para logística de entrega”, afirma o CEO da Flash Courier, Guilherme Juliani. “Vale destacar também que o setor de entrega de cartões representou um crescimento ainda maior que o do e-commerce”, pontua.

Segundo o executivo, a empresa registrou o maior crescimento da história em 2020 e enxerga um 2021 de muito trabalho. “Estamos desenvolvendo novos modelos de negócio no segmento de e-commerce, modelos de rede ponto de retirada e entregas rápidas. Além disso, devemos automatizar consideravelmente a operação, com a implementação de mais de 200 robôs”, finaliza.

 

Com informações da CNDL

28/01/2021

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